Criando personagens e população em sua maquete

A Autodesk acaba de lançar uma ferramenta para criar multidões no software 3DS Max 2014. O recurso torna extremamente simples a possibilidade de criar personagens interagindo com seu ambiente 3D. Em poucos passos, é possível criar pessoas caminhando, conversando, correndo interagindo com o ambiente modelado em 3D. A personalizações e randomizações das multidões são muito amplas, dando um toque de naturalidade aos movimentos.

A utilização de RPC em uma maquete pode

A utilização de RPC em uma maquete pode ser uma forma interessante de deixar um projeto bem mais leve, porém com riqueza de detalhes e elementos de acabamento como árvores, pessoas, objetos decorativos etc. Os modelos de RPC são bancos de imagens com canal alpha (transparência) que exibidos dentro de um ambiente 3D, não passam de um simples plano, sem profundidade ou detalhes de uma malha 3D. Pelo fato de não ser composto por esta malha, seu cálculo é extremamente simples, permitindo que sua reprodução em um ambiente 3D seja leve e abundante. Por exemplo, se você pretende criar um jardim ou ambiente 3D que seja necessária a reprodução de muitas árvores, sem sombra de dúvida a melhor forma é através do RPC, com isso, você poderá distribuir dentro de um ambiente tridimensional, vários planos, recortados pelo canal alpha de uma simples imagem PSD, ou até JPG. O grande segredo está em sempre deixar os planos criados em uma cena, voltados para a câmera, causando a impressão de que os mesmos são 3D. Esse mesmo conceito é empregado em softwares de pós-produção com o que chamamos de Layer 3D. Abaixo, temos um exemplo de imagem que pode ser usada para criar RPC.

Imagem

TERMOS DA COMPUTAÇÃO GRÁFICA PARA MAQUETE ELETRÔNICA

Existem alguns termos que são peculiares da computação gráfica, voltados exclusivamente para maquete eletrônica. Muitas vezes uma consulta ou busca por referência torna-se complicada por não conhecermos exatamente estes termos. Seguem algumas definições básicos empregados em maquete 3D:

RENDER OU RENDERIZAÇÃO

É a finalização para apresentação do projeto. Trata-se do processo de transformar um projeto 3D em uma “SAÍDA”, que possibilitará apresentação de imagem, vídeo ou mídia interativa como swf e softwares para smartphone e tablets.

SAÍDA

Define o tipo de mídia, ou seja, o formato de arquivo que poderá ser utilizado para apresentar um projeto em 3D. A mídia a ser escolhida pode tomar os mais variados formatos, desde uma simples imagem JPG, até a apresentação de um vídeo animado. É possível também gerar uma animação interativa em swf (flash) usada para web, permitindo que seus projetos sejam vistos em ângulos de 360º a escolha do usuário. Outra novidade é a publicação de projetos em formato dwg em “nuvens” (servidores que armazenam arquivos específicos desta área). Esse recurso possibilita ao profissional, apresentar seu projeto através softwares instalados em tablets (android ou OSX), ou mesmo um simples smartphone. A vantagem deste tipo de saída é a interatividade, permitindo uma visualização detalhada do projeto de todos os ângulos e perspectivas possíveis em 3D e tempo real.

CAD

Abreviatura do termo inglês “computer aided design” ou “projeto auxiliado por computador”. Em termos práticos CAD refere-se a um projeto representado em linhas no computador, geralmente utilizado pela arquitetura, engenharia, áreas técnicas e industriais. Para a representação do projeto é possível utilizar sua apresentação em CAD 2D (apenas linhas do projeto) ou CAD 3D com uma estrutura um pouco mais complexa e detalhada com uso de cores, perspectivas etc.

2D

Abreviatura em inglês de bidimensional (projeto plano).

3D

Abreviatura em inglês de tridimensional (construção de malhas em perspectivas tridimensionais, usando volumes sólidos e representativos)

MALHA

Define uma composição 3D. Toda malha 3D é feita por cálculo matemático e possui em sua estrutura padrão os chamados polígonos (que geram o volume), segmentos (linhas que dividem os polígonos) e vértices (encontro dos segmentos, ou pontos).

ARTISTA 3D

Trata-se do profissional que trabalha na área de computação gráfica e faz uso de softwares 3D. Além de um conhecimento técnico, o artista 3D, costuma dar um toque pessoal para uma finalização e acabamento técnico, porém ao mesmo tempo fazendo uso de elementos artísticos para gerar imagens criativas ou fotorrealismo.

ESPECIALISTA EM VISUALIZAÇÃO  (Visualization Specialist ou 3D Specialist)

Profissional da computação gráfica especializado em gerar projetos em 3D para criação de imagens ou animações profissionais. O especialista difere-se do artista por conhecer vários softwares da computação gráfica, inclusive para retoques e pós-produção em vídeos. Geralmente os projetos gráficos em 3D são apresentados antes mesmo de existirem. O especialista possui um conhecimento abrangente em aplicação de texturas, composição de cenas animadas ou estáticas e efeitos visuais.

TEXTURIZAÇÃO

Também conhecida como criação de materiais, permite ao profissional 3D simular materiais que existem na vida real em um software 3D para gerar maior realismo, como por exemplo, plástico, vidro, couro, etc.

ANIMAÇÃO

Processo que torna possível gerar movimento dos elementos dentro de uma cena 3D, como câmeras, luzes e objetos. A animação precisa ser representada por uma saída específica em formato de vídeo ou animações para web.

ILUMINAÇÃO

Refere-se ao processo e inserção de fontes de luz, dentro de uma cena 3D, permitindo que através do sombreado gerado pelos processos de luz, junto aos materiais criados, a cena possua um aspecto mais real.

COMPOSITING (Composição ou Mesclagem com cenas reais)

Através da composição de cenas 3D é possível inserir um objeto ou cenário 3D dentro de uma cena real, isto é definido por composição. Este processo por sua vez, exige o uso de outras ferramentas importantes como Tracker 3D (carrega informações de movimento da câmera na vida real para a câmera na cena virtual 3D), permitindo um encaixe perfeito de movimentos.
À esse processo podemos citar a construção de cenários através de foto montagem ou também usando uma técnica chama de Matte Painting.

Fly-through e walk-through

Termo usado para definir uma animação que “sobrevoa” o projeto 3D, mostrando todos os seus detalhes, e também caminha por entre o projeto. Isto só pode ser feito com uso de ferramentas de animação de câmera virtual em uma cena 3D. Geralmente este processo exige um grande conhecimento de animação, modelagem, texturização e por vezes composição de cenas.

por Leonardo Bertolazzi

Escaneamento a Laser e Maquete Eletrônica

fachada

A revolução e a descoberta do laser, surgiram grandes inovações tecnológicas em diversas áreas do conhecimento. Na engenharia e arquitetura, o escaneamento a laser de fachadas e ambientes fechados revolucionou a forma de se registrar informações topográficas e construtivas de detalhe. Enquanto medições com Estação Total e GPS definem bases de 10 em 10 metros com aferições ponto a ponto, scanners a laser (Laser Scanner — LS) podem capturar 12.000 pontos por segundo ou mais, sem a necessidade de refletores. Registram não somente as dimensões, mas como também a localização espacial, cor e textura do objeto alvo. O sistema requer pouco tempo de processamento dos dados a posteriori e uma equipe de execução mínima. O escaneamento a lase permite criar um índice de precisão e riqueza de detalhes que para algumas fachadas ou ambientes só seria possível com muito tempo de trabalho e modelagem, mesmo assim, sujeitos a não atingir níveis de riqueza e detalhes. Essas informações podem ser convertidas e transformadas em uma malha com materiais, tornando possível o formação e geração de uma maquete 3d precisa e real.

Criação de Ambientes Virtuais 3D

Com o constante desenvolvimento e aumento da capacidade dos hardwares e softwares em processamento e armazenamento, é perfeitamente possível desenvolver cenários virtuais, ou maquetes em 3d  como representação de construções físicas, prediais ou residenciais,  ambientes decorados ou cenários. Essa facilidade passou a ser acessível com o simples uso de um equipamento doméstico, dotado de boa capacidade de armazenamento e processamento.  Os softwares mais conhecidos do mercado são o 3D Max Design voltado especialmente para projetistas e arquitetos e o Sketchup desenvolvido pela Google. Estes aplicativos permitem ao usuário criar um projeto 3D a partir de uma planta baixa, que seria exatamente e proporcionalmente a representação de um projeto arquitetônico em linhas e dimensões, permitindo a compreensão do formato e detalhes do projeto. Para uma melhor representação visual compreensível a pessoas que não são da área técnica, as maquetes em 3d toraram-se uma necessidade representativa. Através de um cenário virtual, é perfeitamente possível para um leigo compreender dimensões e detalhes presentes em um projeto arquitetônico sem a possibilidade de enganos e erros no momento da aprovação de um projeto.

Os softwares criadores de cenários virtuais, além de permitirem um fotorrealismo e perfeição em detalhes, também possibilitam a criação de vídeos e animações, permitindo que mesmo antes de uma construção existir, possam ser vistos todos os detalhes do ambiente e a perfeita noção de dimensões do que será construído.

Outro fator muito importante é o cálculo de custos e materiais que serão necessários para um determinado projeto. Softwares como Revit, permitem realizar um cálculo preciso e exato de como será a aplicação e uso de materiais para a construção.

Portanto, hoje em dia é perfeitamente possível a qualquer profissional da área de arquitetura e construção, ter em mãos um projeto detalhado e preciso do que será sua obra, e apresentar ao um possível cliente uma noção exata disto.

Como exemplo de cenários virtuais em 3d, podemos encontrar algumas imagens representativas de ambientes 3d e maquetes 3d nos sites www.bussolavirtual.webuda.com e www.bussolavirtual3d.wordpress.com .

Leonardo Bertolazzi

item4